Nas últimas semanas falamos sobre várias cartas (XbR,IMr,N,NP,C,U) e de como podemos utilizá-las para:
- análise de causa comum vs especial
- estabilidade, previsibilidade e controle do processo
- onde se encontra a maior fonte de variação
- esses dados novos destoam ou não dos meus dados anteriores
(puxa, elas são bem F#D@s né?)
Mas todas elas são totalmente dependentes da estratégia de amostragem de dados utilizada.
Isso mesmo em negrito para tentar chamar a atenção =)
Se fizermos uma coleta de dados ruim, não capturando de fato as possíveis fontes de variação do processo que estamos analisando, não medindo corretamente, não observando o que está acontecendo junto de outras cosas …as cartas aqui vão servir da mesma forma de uma carta que não foi enviada (ou um e-mail nos dias de hoje)… ou seja para NADA !
Estou salientando bastante esse ponto porque várias pessoas acreditam que por ter uma carta de controle em qualquer lugar medindo qualquer coisa já está aplicando seis sigma e terá com certeza melhorias, e não é bem assim né! Seu processo não vai melhorar só porque você colocou uma carta de controle. Você tem que medir a coisa certa, para atuar onde precisa e quando precisar….isso sim vai fazer você ter resultados melhores.
Para se ter benefício do uso das cartas de controle você deve antes e tudo ter bem claro o que quer medir.
Tendo o seu Y bem claro, agora é hora de levantar o popozão da cadeira e caminhar pelo processo que quer aprender.. observar cada pequena operação, ação, reprocesso e até jeitinho que alguém faz algo..
É com base nessa observação detalhada e cuidadosa do seu processo que você irá elaborar o seu MAPA DE PROCESSO e é dele que vai sair sua estratégia de amostragem!
AHHHHHHHHHH mas eu não trabalho em uma fábrica, não tenho injetora, cavidade e peça, etc etc… não consigo.
Vamos dar um exemplo diferente então..
Imagine que você trabalhe em um escritório e quer entender se está demorando muito ou pouco para receber os documentos impressos (Y – TEMPO PARA IMPRESSÃO)
Ai você foi e mapeou o seu processo:
Baseado nesse pequeno exemplo acredito que devemos coletar dados em: diferentes horários do dia, durante o período de atualiazação do sistema, verificar se tem troca de papel, tinta, tentar analizar diferentes tamanhos de impressão e assim por diante.
Reforçando: as cartas são tão boas quanto sua estratégia de amostragem! Então preste atenção na sua amostragem
Semana que vem falamos um pouco mais sobre esse tal mapa de processo 😉